Our Strength is our Reason Museum of the People's Memory Scenario, East Timor
A Nossa Força é a Nossa Razão Museu Cenário da Memória do Povo, Timor-Leste
Cristina Prata
Centro Audiovisual Max Stahl
MEMORIAMEDIA Review 1. Art. 7. 2017
photo:Centro Audiovisual Max Stahl
This paper is a reflection on the construction of the Museu Cenário da Memória do Povo (Museum of the People's Memory Scenario) in East Timor, encompassed in the national policies for the safeguarding of memory.
By 2002, independency is restored in East Timor, after 24 years of Indonesian occupation and 500 years under Portuguese colonization. The occupation by Indonesia gives way to a struggle of 24 years of resistance war, which today requires its proper historical reading.
It is in this context, that in 2003, a group of citizens belonging to Frente Clandestina (Clandestine Front) begins the construction of the Museum of the People's Memory Scenario in Salamari, Bacau’s District. This is an example of community museology, raised from a double effort: a demand for History integrating different voices and a demand for the benefits awarded by the Government, within the scope of the policy of compensation to the Combatentes da Libertação Nacional (National Liberation Combatants).
At the present moment, East Timor undertakes a policy of memory, whereby the enlargement of testimonies and the systematic recollection of oral sources must take place necessarily.
A country where tradition is passed on orally cannot depend on written documents to write its History.
Additionally to this paper, there is a 10-minute film bearing the same title.
Neste artigo faz-se uma reflexão sobre a construção do “Museu Cenário da Memória do Povo” em Timor-Leste, no quadro das políticas nacionais para a salvaguarda da memória.
Em 2002 Timor-Leste restaura a sua independência, após 24 anos de ocupação indonésia e 500 de colonização portuguesa. A ocupação Indonésia dá lugar a uma luta de 24 anos de guerra de resistência que hoje exige a devida leitura histórica.
É neste contexto que, em 2003, um grupo de cidadãos pertencentes à Frente Clandestina, inicia a construção do “Museu Cenário da Memória do Povo”, em Samalari, distrito de Baucau. Trata-se de um exemplo de museologia comunitária, nascida num esforço duplo, ora de exigir uma História que integre diferentes vozes, ora de reclamar os benefícios atribuídos pelo Governo, no âmbito da política de compensação dos “Combatentes da Libertação Nacional”.
Na atualidade, Timor-Leste leva a cabo uma política de memória, onde a ampliação de testemunhos e a recolha sistemática de fontes orais deve, necessariamente, ter lugar.
Num país onde a tradição é passada por via oral, não pode fazer depender a escrita da sua História, dos documentos escritos.
Complementamos este artigo com um filme de 10 minutos, com o mesmo título.
Keywords: Timor-Leste, resistance, clandestine front, memory, community museum.
Palavras-chave: Timor-Leste, resistência, frente clandestina, memória, museu comunitário.